terça-feira, 9 de setembro de 2008

Aconteceu no sabado dia 06/09/2008, o curso Design- Percepcao, Criatividade e Estilo. Tendo a participacao da coordenadora do curso Igis Rossi e mais três mebros de sua equipe, que abordaram o tema com clareza, esclarecendo duvidas frequentes e buscando solucoes para que os convidados compreendam e apliquem em suas mercadorias.

O curso se baseou em explicar e buscar solucoes inovadoras dentro das possibilidades de producao de cada um, sendo que 30 minutos foram concedidos para uma consultoria individual.



PROGRAMACAO DOS PROXIMOS CURSOS

Gestao de negocios I
Design - Materiais e cores
Gestao de negocios II
Design- Exposicao e embalagem de produtos
Gestao de negocios III

Mais informacoes ligue para 3439-5294 e participe!
(Horário de atendimento: de 13 às 17hs)

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Aconteceu no dia 05/07/2008, o curso Design - centrado no usuário e além do destinar parte do tempo à consultoria individual, abordou temas como a importância do cliente e referências visuais.

O curso foi ministrado pela coordenadora Igis Rossi e seus colaboradores Anderson Horta, Angélica Ferraz e Fabrício Xavier.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Dando continuidade à série de cursos de design oferecidos pelo projeto Artesanato e Renda no Beira Linha, será realizado no próximo sábado, dia 05/07/2008, o segundo módulo: Design- centrado no usuário.

Conteúdos: Importância do cliente, referências visuais, consultoria individual.

Teremos a participação da coordenadora do curso Igis Rossi e mais três mebros de sua equipe para melhor atender às expectativas dos artesãos participantes e oferecer consultoria individual.

O curso será ministrado de 13:30 às 16:30.

Faça já sua inscrição!
Ligue para 3439-5294 e participe!
(Horário de atendimento: de 13 às 17hs)

VAGAS LIMITADAS!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Metodologia de Gestão para Economia Solidária: Atendimento e Vendas















Realizou-se na PUC Minas São Gabriel, no último dia 21 do mês de junho, sábado, o curso de Metodologia de Gestão para Economia Solidária: Atendimento e Vendas onde foram abordadas técnicas de atendimento ao cliente.

O curso foi ministrado pela aluna do 8º período do curso de Administração e voluntaria do projeto Artesanato e Renda, Daniele Ribeiro, que tratou também de encaixar sua experiência como vendedora nas práticas relacionadas à exposição e venda de produtos artesanais.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O artesanato - História

Artesanato
O Artesanato é essencialmente o próprio trabalho manual ou produção de um artesão (de artesão + ato). Mas com a mecanização da indústria o artesão é identificado como aquele que produz objetos pertencentes à chamada cultura popular.
O artesanato é tradicionalmente a produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possui os meios de produção (sendo o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalha com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou seja, não havendo divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante ou aprendiz.

História
Os primeiros objetos feitos pelo homem eram artesanais. Isso pode ser identificado no período neolítico (6.000 a.C.) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica como utensílio para armazenar e cozer alimentos, e descobriu a técnica de tecelagem das fibras animais e vegetais. O mesmo pode ser percebido no Brasil no mesmo período. Pesquisas permitiram identificar uma indústria lítica e fabricação de cerâmica por etnias de tradição nordestina que viveram no sudeste do Piauí em 6.000 a.C.
Historicamente, o artesão, responde por todo o processo de transformação da matéria-prima em produto acabado. Mas antes da fase de transformação o artesão é responsável pela seleção da matéria-prima a ser utilizada e pela concepção, ou projeto do produto a ser executado.
A partir do século XI, o artesanato ficou concentrado então em espaços conhecidos como oficinas, onde um pequeno grupo de aprendizes viviam com o mestre-artesão, detentor de todo o conhecimento técnico. Este oferecia, em troca de mão-de-obra barata e fiel, conhecimento, vestimentas e comida. Criaram-se as Corporações de Ofício, organizações que os mestres de cada cidade ou região formavam a fim de defender seus interesses.

Revolução Industrial
Com a Revolução Industrial, teóricos do século XIX, como Karl Marx e John Ruskin, e artistas (ver: Romantismo) criticavam a desvalorização do artesanato pela mecanização. Os intelectuais da época consideravam que o artesão tinha uma maior liberdade, por possuir os meios de produção e pelo alto grau de satisfação e identificação com o produto.
Na tentativa de lidar com as contradições da Revolução Industrial, William Morris funda o grupo de Artes e Ofícios na segunda metade do século XIX. Tentando valorizar o trabalho artesanal e se opondo à mecanização. O artesanato antes da Revolução Industrial era a tarefa mais importante!

Importância do artesanato
No processo evolutivo da raça humana, a atividade econômica deve ser examinada como etapa inicial. Sem trabalho, o homem não avança sequer um palmo na via esplendida do progresso. E foram as mãos que abriram o caminho para a longa e vitoriosa jornada que inda prossegue.

Desde tempos remotos, conforme vimos, o homem inventou e fez instrumentos, e descobriu processos que lhe aumentaram a eficácia da ação produtiva. À soma de tais possessos acreditamos poder chamar artesanato, embora nascente, porque, àquela época, eram as técnicas reduzidas em número e bastante elementares.

Além dessa sua importância histórica, o artesanato abrange outros valores, os quais hoje o tornam reconhecido, universalmente. Os povos mais desenvolvidos do mundo criam instituições destinadas ao seu incremento e o realizam mediante exposições periódicas e feiras anuais de objetos de arte popular, com distribuição de prêmios aos primeiros artesãos colocados, levantamentos de mapas artesanais, amparo comercial e outras medidas inteligentes.
Esse interesse fora do comum pelos trabalhos manuais se explica, provavelmente,com o receio às conseqüências do avanço tecnológico.
Examinaremos agora o artesanato sob alguns pontos de vista;

Social
Possibilitando ao artesão melhores condições de vida e atuando contra o desemprego, o artesanato pode ser considerado elemento de equilíbrio no país e fator de coesão, de paz social. Conforme se sabe, este sistema de trabalho conta com a participação ativa da família. O lar, então, além de centro de vida é também núcleo de aprendizagem profissional. Outrossim, o mestre-artesão desempenha um papel relevante na comunidade e sua arte é fator de prestígio.
Artístico
O artesanato desperta as aptidões latentes do obreiro e aprimora-lhe o intelecto. Suas mãos, obedientes a impulsos mentais e inteligentes, deslocam a matéria-bruta, grosseira e passiva, e convertem-na com o calor de sua imaginação em coisa útil e por vezes bela. É a idéia que deseja a forma. Vale repisar que o povo não faz arte desinteressada ou arte pela arte, mas, não raramente, sobre ser utilitária, suas peças são bem acabadas, produzidas com esmero e revelam bom-gosto. Se o artesão, ale’m de habilidade manual, possuir talento e sensibilidade, aí então ele vira artista. Desse modo, sua experiência artesanal seria apenas uma fase de formação artística.
Pedagógico
Isto quer dizer que os trabalhos manuais são de grande valor para a criança em idade escolar, principalmente os de carpintaria, modelagem e papel recortado. Doutra parte, considera-se o artesanato como excelente meio para a educação de certos, que, se bem orientados nesse plano, podem adquirir habilidade prodigiosa e se realizarem na vida, plenamente.
Moral
O artesanato pode dar causa ao aperfeiçoamento espiritual e moral do artesão, sendo certo que o trabalho afasta a pessoa dos vícios e da delinqüência, Daí o provérbio "cabeça de desocupado é tenda de satanás", cuja sabedoria e exatidão certamente não se põem em dúvida.
Terapêutico
O artesanato abranda o temperamento hostil ou agitado de pessoas que sofrem desvios de personalidade, as quais poderão corrigir suas aberrações através da ocupação manual. Se, por exemplo, um tipo psicológico agressivo deseja fazer mal a alguém, ele o realiza — digamos no barro, e então se satisfaz, por transferência, assim se liberta do incômodo, livra-se de seu estado de tensão e obtém o equilíbrio intrapsíquico ou paz interior. Esse trabalho se recomenda ainda a certos enfermos que são obrigados a permanecer no leito durante muito tempo, embora tenham válidas as mãos e possam produzir certos objetos que exigem mais habilidade e paciência do que esforço físico.
Cultural
O artesão imprime traços de sua cultura nos objetos que produz, consciente ou inconscientemente. Muitas de suas tradições, como símbolos mágicos e crenças, ficam marcadas em suas peças.
Psicológico
O artesão se sente valorizado com sua arte porque faz objetos que têm serventia e isto lhe dá a certeza íntima de ser útil à comunidade. Ademais, e apesar do caráter regional do artesanato, o objeto produzido não deixa de ser o resultado de ato do artesão, que nele imprime a marca de sua personalidade. A psicotécnica adota medir certas dimensões psíquicas através de minucioso exame de objetos feitos a mão, nos quais a pessoas, inconscientemente, registra suas intenções e desejos e revela sua linha de comportamento.

fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Artesanato
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-artesanato/historia-do-artesanato.php

terça-feira, 10 de junho de 2008

Já estão abertas as inscrições para o próximo curso!

Gestão para Economia Solidária: Atendimento e Vendas

Informações e Inscrições:
3493-5294 (das 13 às 17hs)

Paticipe!
Vagas limitadas!

Curso de Gestão para Economia Solidária: Exposição para venda

Aconteceu no último sábado, dia 07 de junho, o curso de Gestão para Economia Solidária: Exposição para venda, dando continuidade ao cronograma do projeto.

O curso foi ministrado pelo professor José Luiz Ferreira, coordenador do projeto e abordou conteúdos de Fundamentos de exposição de mercadorias em eventos e feiras; tema que foi aplicado ao artesanato.

A participação dos artesãos presentes foi essencial e de grande contribuição para o entendimento geral do assunto relacionado à pratica e realidade dos mesmos.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Exposição de artesanato na Festa Junina da Puc São Gabriel


Estarão presentes hoje, 04 de junho, artesãos do projeto Artesanato e Renda no Beira Linha na Festa Junina da Puc Minas-São Gabriel para a exposição e venda de seus produtos em barraquinhas.

A Festa é destinada aos alunos e funcionários da Universidade no período da noite e terá também a apresentação da quadrilha Arraiá do Palha Seca, barraquinhas de caldos, canjica e outros.

Curso de Gestão para Economia Solidária: Exposição para venda

No próximo sábado, dia 07/06, será realizado o curso de Gestão para Economia Solidária: Exposição para venda e abordará de fundamentos de exposição de mercadorias em eventos e feiras. Haverá também tempo destinado à resolução de exercícios.

O curso será ministrado pelo professor José Luiz Ferreira, coordenador do projeto Artesanato e Renda no Beira Linha, em espaço cedido pela Puc Minas - São Gabriel (sala 114, bloco C) e terá duas horas de duração, no período de 13:30 às 16:30.


PARTICIPE! Ligue para 3493-5294 (de 13:00 às 17:00hs) e faça sua inscrição!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Projeto Artesanato e Renda no Beira Linha publicado no diário da PUC São Gabriel

A Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – Unidade São Gabriel publicou em seu diário, neste mês, informações a respeito do Projeto Artesanato e Renda no Beira Linha.
O diário é direcionado aos alunos e funcionários do campus e tem a intenção de difundir e divulgar informações sobre cursos, eventos, e assuntos relacionados á Universidade.

Publicação:
Projeto Artesanato e Renda no Beira Linha oferece cursos de capacitação
Quinta-feira, Maio 15th, 2008

O projeto de extensão Artesanato e Renda no Beira Linha, que tem o objetivo de capacitar os artesãos da regiao, divulgou a relação de cursos que serão oferecidos neste semestre. As atividades já começam no sábado com o curso de Introdução ao Design que vai apresentar Conceitos básicos de arte, artesanato e design.

A programação prossegue nos meses seguintes com os cursos:

- 07/06 -> Exposição para Vendas,
- 21/06 -> Atendimento e Vendas,
- 05/07 -> Design centrado nos usuários
- 12/07 -> Compras e Vendas

Todos os cursos acontecem na unidade São Gabriel da PUC Minas sempre das 13h30 às 16h30.

As pessoas interessadas podem se inscrever pelo telefone 3439.5294 das 13 às 17 horas ou pelo e-mail artesanatoerenda@pucminas.br

fonte: http://www.saogabriel.pucminas.br/diario/

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Curso de Gestão para Economia Solidária: Introdução ao Design

No dia 17/05 foi realizado o curso de Gestão para Economia Solidária: Introdução ao Design.
O curso foi ministrado por Igis Rossi de Oliveira (coordenadora do grupo), Anderson Antonio, Horta Angélica Nogueira Ferraz e abordou conceitos básicos de arte, artesanato e design.
Entre os participantes, estiveram presentes, artesãos da região do Beira Linha e alguns expositores da rua Bernardo Monteiro da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.
Ao final, houve um tempo destinado à consultoria individual, onde cada artesão pôde tirar dúvidas em relação ao curso e à aplicabilidade em seus produtos.

Cursos de Gestão para Economia Solidária: Design para os artesãos

O projeto Artesanato e Renda no Beira Linha oferecerá aos sábados, conforme o cronograma de atividades, 6 cursos de Design aos artesãos da região do Beira Linha, tendo como objetivo possibilitar o aprendizado sobre design, especialmente no que tange à metodologia para desenvolvimento de projetos de produtos, a fim de orientar o processo de criação e adequar os produtos às necessidades dos clientes.
O curso, com 3 horas de duração por dia, destinará parte do tempo à consultoria individual para maiores esclarecimentos.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O Curso de Gestão para Economia Solidária: Formação de Preços

O Curso de Gestão para Economia Solidária: Formação de preços, foi realizado no dia 06 Maio de 2008, e teve como objetivo, capacitar os artesãos do projeto Artesanato e Renda no Beira Linha na formação de preço justo de produtos artesanais.
O curso que teve 90 minutos de duração, com parte deste tempo destinado à resolução de exercícios e atendimento à dúvidas, foi ministrado pelas estagiárias colaboradoras do projeto e contou com a participação de 14 pessoas, incluindo em sua maioria artesãos da região do Beira Linha.
Alunos do curso de comunicação da Puc Minas São Gabriel estiveram presente e registraram em video todo o evento.
O envolvimento dos participantes e o conteúdo abordado foi de grande importância e teve um bom resultado geral.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

















Fotos do curso ministrado aos artesãos do projeto de Gestão para Economia Solidária: Formação de Preços na Igreja Católica da comunidade Ouro Minas.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Gestão em Economia Solidária: Formação de preços justos de produtos artesanais

Na próxima terça-feira, dia 06 de maio, será ofertado aos artesãos do Projeto Artesanato e Renda no Beira Linha o curso de Gestão para Economia Solidaria: Fundamentos de Preços Justos de produtos Artesanais.

O curso será ministrado na comunidade Ouro Minas pelas estagiárias colaboradoras Flávia Santos e Liliane Mendonça do Projeto Artesanato e Renda, sob orientação do professor José Luiz Ferreira e contará com a distribuição de material didático (apostila e exercícios) aos participantes.

Em breve será divulgado o cronograma das atividades do projeto!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS E MARKETING– estudo do caso Mambricar

EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS E MARKETING– estudo do caso Mambricar

AUTOR: Prof. José Luiz Ferreira

INSTITUIÇÃO: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Curso de Administração com ênfase em Empreendedorismo e Gestão Estratégica
Campus São Gabriel
Belo Horizonte - MG
e-mail: jlf@pucminas.br

EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS E MARKETING– ESTUDO DO CASO MAMBRICAR

José Luiz Ferreira
Resumo:
No presente artigo apresenta-se um estudo de caso da Cooperativa Mista de Produção e Reforma de Implementos Rodoviários Ltda – Mambricar. – empresa de auto-gestão, definida conforme os critérios da economia popular solidária. O estudo versa sobre as estratégias de marketing utilizadas no processo decisório para a condução do negócio e procura destacar sua importância para a adaptação de produtos e preços no mercado e, ao mesmo tempo, demonstrar que a utilização dessas ferramentas significam uma repetição de antigas práticas da empresa-mãe - Mambrini Indústria Mecânica e Metalúrgica Ltda - que se justificam pela falta de educação formal e vivencial para o mundo dos negócios, conforme afirmam Silveira, Mello e Gomes (1997) quando nos dizem que há reconhecidas e sensíveis fragilidades no tocante a bases conceituais, metodologias de apoio e adequação de conteúdos e técnicas. As lacunas ainda são maiores que as conquistas.

Palavras-chave: Mambricar – auto-gestão – Economia popular solidária.
Key words: Mambricar -

Introdução
O fenômeno da economia global aliada a uma mudança do modelo de desenvolvimento, apoiado essencialmente no Estado, proporcionou alterações na dinâmica da circulação de capitais e nas propostas políticas de cada país, no modo de gerenciar e conduzir a sua economia e as suas relações. O modelo de desenvolvimento baseado somente na premissa de que a abertura de novos postos de trabalho se dá a partir da instalação de unidades fabris já não é uma verdade.
As grandes organizações, motores do modelo de desenvolvimento anterior, estão presentes em todo o mundo, cada vez maiores, mais concentradoras e empregando menos pessoas ou empregando trabalhadores altamente especializados. Ao mesmo tempo, nos diversos ambientes comunitários locais, proliferam micro e pequenos empreendimentos, que integram e dinamizam a economia da região e apresentam-se sob o nome de Economia Popular Solidária. Esses empreendimentos são um modo de organizar atividades econômicas de produção, consumo, poupança e crédito de forma a procurar atenuar as desigualdades sociais que a dinâmica atual impõe aos excluídos do sistema. Dentre uma série de características que essas experiências apresentam, uma é muito importante: a auto-gestão, como forma de participação de todos, com igualdade de direitos. Ela exige que as decisões sejam tomadas por todos os membros das organizações ou por pessoas eleitas que as representem.
Os fatores que favorecem o crescimento da Economia Solidária são, de um lado, a exclusão social e a desigualdade crescente dos excluídos do mercado formal de trabalho e, de outro, o crescimento das liberdades democráticas, com a aplicação de valores, como liberdade individual e igualdade política. Entretanto, essa aposta no potencial das pequenas experiências carece, no momento, de estudos que possam verificar, com o devido embasamento empírico, de que modo essa experiência está encontrando a sua real concretização (Gaiger, 2000).
As empresas tradicionais possuem instrumentos de gestão e de incremento de negócios. Dentre eles, o Marketing tem sido apontado como a função da organização encarregada de definir os objetivos dos clientes e a melhor maneira de satisfazer suas necessidades e desejos, de maneira competitiva e lucrativa. Esse processo acontece, hoje, em um ambiente global, competitivo e de inovações tecnológicas constantes.
Na pesquisa tomou-se como objeto a Cooperativa Mista de Produção e Reforma de Implementos Rodoviários Ltda (Mambricar) que é um Empreendimento Econômico Solidário, de auto-gestão, formado por ex-funcionários da empresa Mambrini Indústria Mecânica e Metalúrgica Ltda, de Vespasiano, Minas Gerais, na região da Grande Belo Horizonte. A Mambrini era um tradicional fabricante de carrocerias para caminhões, basculantes, caçambas metálicas e guindastes que dominou a metade do mercado brasileiro de carrocerias nos anos 70, chegando a ser considerada a maior da América Latina. No entanto, em agosto de 1997, após 8 anos de sucessivas crises, a diretoria da Mambrini transferiu a direção da empresa para seus funcionários. Começou aí um longo caminho que foi percorrido por quatro instituições, três cooperativas e uma associação, objetivando assegurar os postos de trabalho dos setenta trabalhadores da antiga Mambrini a partir da manutenção da produção e da comercialização de carrocerias.
A finalidade deste trabalho é identificar as estratégias de sustentação mercadológica da Mambricar – empresa de auto-gestão integrante da Economia Popular Solidária.

1. Empreendimentos Econômicos Solidários
Até os anos 70, a economia do mundo tinha sustentação garantida pelo desempenho das grandes empresas multinacionais ou das empresas estatais. Essas duas grandes forças econômicas ofereciam muitas oportunidades de trabalho, sendo responsáveis pela maioria dos empregos. Elas determinavam a organização e os rumos de toda a economia, inclusive no Brasil.
Atualmente, existe uma nova ordem mundial, que coloca a responsabilidade pela saúde econômica de um país nos pequenos e médios empreendimentos. A partir da década de 80, teve início um significativo processo de transformação: a globalização. Essa nova ordem econômica passou a exigir mais agilidade das grandes empresas, tanto em seus resultados externos, diretamente ligados a seus clientes, como em seus processos internos que, anteriormente, apesar de serem lentos e desgastantes, não comprometiam o desempenho final. A agilidade, porém, deu competitividade a todas as empresas. Foi a competitividade que, de fato, modificou a estrutura das grandes empresas. Melhorando a forma de produção, elas puderam se sobrepor diante da concorrência.
Como conseqüência do processo de ganho de agilidade e competitividade, as empresas estatais e as grandes estruturas privadas tiveram que reavaliar a realidade administrativa em que viviam. Dessa reavaliação, uma das principais conseqüências foi o grande processo de privatizações. A onda de fusões e aquisições movimenta o mundo de negócios nos diversos setores da economia internacional. Empresas até há pouco tempo inimagináveis estão sendo criadas, da noite para o dia, a partir desse processo. Quando estruturas se juntam, sobram funções e passa a existir mais de uma pessoa para um mesmo trabalho. Em razão disso, as novas empresas começam a anunciar as demissões. Além disso, houve drástica redução no número de empregados nas grandes empresas, tanto privadas quanto estatais, configurando processos tão falados, como downsizing, reengenharia etc. Como ganharam agilidade e produtividade no processo de conquistar a competitividade, as empresas passaram a trabalhar com menos pessoas, o que representou um enorme número de desempregados em todos os países.
No contexto de concentração macroeconômica e crise do emprego que se delineava foram geradas as condições para o surgimento e a expansão de uma economia originada nos setores populares, o que segundo Guimarães (2000) “ estes movimentos estão tomando corpo, estão trabalhando na linha da sobrevivência e estão tendo respostas... Essa economia solidária é, na realidade, uma possibilidade.” Neste sentido, se faz necessário elucidar os termos utilizados no presente trabalho acerca dessa nova economia, pois, conforme Correa (1998), a tendência à generalização destes conceitos pode levar-nos a equívocos de análise de determinadas iniciativas econômicas, principalmente na elaboração de políticas públicas para este setor, o da economia popular e solidária”.
A Economia Popular Solidária é a uma alternativa econômica para a qual acorrem indivíduos que vivem da venda de sua força de trabalho, como bem frisa Gaiger (2000). Não se trata de uma escolha. Ao contrário, é a falta de opção que leva o indivíduo a ingressar na Economia Popular Solidária. O autor complementa ainda, definindo que Economia Popular Solidária como “alinha-se como um movimento de crítica global ao sistema econômico capitalista, porém de acentuada tendência a encetar iniciativas concretas, direcionadas ao desenvolvimento humano integral, isto é: individual, social e ecológico. Confluindo das diferentes situações concretas de onde brotam, nas quais assentam suas identidades particulares, tais iniciativas visualizam uma perspectiva de unidade no horizonte que as motiva a práticas de colaboração e à infusão de valores como a justiça, a equidade, a autonomia e a gratuidade”. Algumas características importantes ainda são apontadas por Gaiger (2000) como sendo “destinada a assegurar a sobrevivência, de gerar renda para o consumo, dificilmente cogita obter alguma margem de acumulação. Nessa economia coexistem diferentes princípios valóricos e os mais diversos arranjos - formais, informais, ilícitos - destinados a assegurar a sobrevivência”.
A Economia Popular Solidária tem a vocação de formar ou inserir populações em dificuldades, na expectativa de que o crescimento econômico não criará mais empregos do que aqueles que reduz (Gaiger 2000). Essa posição é reforçada como uma das estratégias de luta popular contra o desemprego e exclusão social. Para Singer (2000) “a construção da economia solidária é uma destas outras estratégias. Ela aproveita a mudança nas relações de produção provocada pelo grande capital para lançar os alicerces de novas formas de organização da produção, à base de uma lógica oposta àquela que rege o mercado capitalista. Tudo leva a acreditar que a economia solidária permitirá, ao cabo de alguns anos, dar a muitos, que esperam em vão um novo emprego, a oportunidade de se reintegrar à produção por conta própria individual ou coletivamente...”.
A Economia Popular Solidária é ainda analisada sob dois olhares distintos. Um deles é que as pessoas e organizações participantes dessa economia devem estar engajadas na realização de negócios dentro e fora do mercado solidário, que ela trilhe caminhos dentro da realidade de mercado e contexto político. Nessa perspectiva, Gaiger (2000) afirma que esses empreendimentos buscam fazer da cooperação uma alavanca que sustente o seu desempenho e os qualifique com agentes, a título pleno, da economia contemporânea. Almejam ultrapassar o nível de subsistência e manejar estratégias de crescimento.
No entanto, convém ter presente que a economia solidária vai bem mais longe, pois sua ambição é dupla: produzir valor de um modo diferente da economia de mercado e gerar solidariedade de um modo diferente do que é realizado pela economia da assistência social. A Economia Popular Solidária é, no final das contas, uma tentativa de nova regulamentação voluntária, o sinal ou o sintoma da vontade de uma economia plural, com o mercado e não de mercado, onde surge como alternativa frente à impotência do Poder Público e Privado. Do mesmo modo, a Economia dos Setores Populares vem assumindo novas feições. De meio de resistência ao empobrecimento e à exclusão, estaria evoluindo, como se observa no Chile (Nyssens, apud Gaiger 2000), para a condição de pólo gerador de emprego e renda, dinâmico e auto-sustentável. Em certos casos, as experiências alcançam níveis de acumulação que as habilitam a um processo de crescimento endógeno. Assumindo uma racionalidade econômica própria e planificando seus investimentos, conciliam e reforçam mutuamente a cooperação no trabalho e a rentabilidade econômica. Beneficiando-se de maior estabilidade, consolidam suas bases de sustentação. Transformam-se, assim, em Empreendimentos Econômicos Solidários (Gaiger, 1996).

Assim, o Empreendimento Econômico Solidário, além de possuir as características e práticas da economia popular solidária, como colaboração, e valores como a justiça, a equidade, a autonomia e a gratuidade, também absorve práticas vigentes nas empresas da economia tradicional, com o objetivo de maximizar ganhos, revertendo-os aos participantes da organização. Gaiger (2000) afirma que o Empreendimento Econômico Solidário “supera a acumulação versus socialização dos benefícios. A produtividade e a eficiência valem-se dos dividendos do trabalho consorciado, de sua capacidade de agregar fatores extras de rentabilidade, desde que direcionados em favor dos próprios produtores”.
A presença de experiências associativas e autogestionárias de cunho econômico, orientadas por princípios de eqüidade e participação, é um traço indelével no atual cenário social do Brasil (Cáritas, Silveira e Singer, apud Gaiger 2000). Esse solidarismo popular expressa-se no ideário e na prática de um número crescente de empreendimentos econômicos, levados a cabo por trabalhadores, premidos pela falta de alternativas de subsistência ou movidos pela força de suas convicções. Neles, combinam-se atividades produtivas com atividades de cunho social e educativo, centradas, umas e outras, nos valores do solidarismo e da reciprocidade.
Novas cooperativas de trabalhadores têm surgido nos segmentos de consumo, produção, comercialização e serviços, contrapondo-se ao conservadorismo político e ao perfil empresarial do cooperativismo tradicional. Essas iniciativas vêm gerando estruturas independentes do sistema cooperativista oficial, com isso tensionando as posições de poder nele dominantes. Engajados nesse movimento, encontram-se setores importantes do sindicalismo, visando a formular proposições, estimular a formação de cooperativas autênticas e lutar pela conquista ou a correção de rota das cooperativas desvirtuadas ou criadas de modo fraudulento.
Os diversos estudos sobre os empreendimentos associativos se repetem ao apontarem indícios de que, sob determinadas circunstâncias, esses logram consolidar-se e alcançar níveis de acumulação, assumindo uma racionalidade econômica própria e planificando seus investimentos, conciliam e reforçam mutuamente a cooperação no trabalho e a rentabilidade econômica. Beneficiando-se de maior estabilidade, assumem o papel de agentes geradores de trabalho e renda com efeito econômico não negligenciável, além de contribuírem para a formação de indivíduos e grupos com capacidade de ação, num processo irradiador e mutiplicador de vínculos.
Um fator de influência decisiva para o êxito dos empreendimentos associativos é a adequada exploração das virtualidades do trabalho cooperativo. Na racionalidade requerida por esses empreendimentos, de modo a superarem a disjuntiva otimização econômica x ganhos sociais, (ou ainda, acumulação x socialização dos benefícios), a produtividade e a eficiência valem-se dos dividendos do trabalho consorciado, de sua capacidade de agregar fatores extras de rentabilidade, desde que direcionados em favor dos próprios produtores (Gaiger, 1999).

2 – Fundamentos de Marketing
As grandes revistas e os jornais de circulação ampla destacam notícias sobre “cases” de marketing que, analisados mais detidamente, são histórias interessantes de grandes empresas que encontraram a saída para alguns problemas ligados à venda dos seus produtos e serviços através de campanhas publicitárias muito bem elaboradas e também muito dispendiosas.
Nunca antes, na história da humanidade, ocorreram mudanças tão profundas e tão rápidas como na nossa era. Alterações aconteceram em todas as áreas do conhecimento humano, principalmente no comportamento das pessoas. Os mercados, conjunto de consumidores, estão se fragmentando. As ofertas de produtos e serviços se multiplicam todos os dias. O consumo é um ciclo contínuo em que os bens novos substituem os velhos. Nada mais é duradouro, apenas a mudança. Assim, para entender marketing, é importante considerar a definição dada por Las Casas (2001) onde

“marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.”

Tão importante como entender essa definição é compreender que marketing deve ser encarado como uma filosofia, uma norma de conduta das empresas, nas quais as necessidades latentes, quer no plano qualitativo quer no quantitativo, impõem a dedução dos objetivos que elas devem ter em mente, para definir as características dos produtos ou serviços a serem comercializados e as respectivas quantidades a serem oferecidas.
Examinando-se o conceito por partes, se tecem as considerações a seguir:
• Conjunto de atividades – Essa expressão faz referência às áreas de uma empresa, tais como, administração, compras, vendas, contabilidade, estoque, produção e seres humanos. Numa empresa voltada ao marketing, todas as áreas estão voltadas ao cliente.
• Satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores – Pode-se inferir que essa afirmação refere-se ao esforço e à busca constante das organizações, de produtos e serviços que possam atender às necessidades dos consumidores. Faz parte da atividade de marketing identificar movimentos que possam indicar tendências do comportamento dos mesmos .
• Atender aos interesses da instituição – Além da orientação ao consumidor, a empresa tem seus próprios objetivos, que podem ser: lucro, maior fatia de mercado, imagem, doações e aumento do número de sócios, como é o caso, por exemplo, de uma associação de classe ou de um time de futebol.
• Meio ambiente – O ambiente do negócio é um conjunto de variáveis e fatores externos ao empreendimento, fora do controle do empresário. Qualquer mudança em um dos fatores provoca, invariavelmente, um efeito sobre a empresa. Se o efeito é negativo, trata-se de uma ameaça ao negócio: uma retração do mercado (variável econômica) implica a queda das vendas. Se o efeito é positivo, trata-se de uma oportunidade: a baixa de juros provoca um aumento na produção e, conseqüentemente, um acréscimo de empregos, aumentando a demanda por produtos e serviços.
• Impacto das relações no bem-estar da sociedade – A sociedade tem exigido posturas empresariais adequadas, relativas à melhora constante na qualidade de vida dos cidadãos e à responsabilidade social. Como conseqüência disso, uma das principais exigências do mercado tem sido a oferta de produtos e serviços de boa qualidade, sem prejuízo do meio ambiente.

3 - O Composto de Marketing
O composto de marketing deve ser entendido como sendo a expressão aportuguesada do "mix marketing" , que significa o conjunto das variáveis internas da empresa utilizadas no estabelecimento das diferentes estratégias do marketing, para alcançar os objetivos propostos no empreendimento ou, como afirma Ferrell et al (2000) que “ as decisões estratégicas para o composto de marketing envolvem a criação de uma combinação de produto, preço, promoção e distribuição que, na maior extensão possível, atende às necessidades dos consumidores do segmento-alvo escolhido”. Assim sendo, são aquelas variáveis sobre as quais a administração da empresa tem controle ou um certo controle. Por exemplo, na determinação de preços, alguns itens estão sob controle da empresa, como custos de insumos, embalagens, margens, porém o mercado é que determina o preço tanto do produto final quanto das matérias primas.

4 - A Pesquisa
A pesquisa teve como objetivo identificar a presença das estratégias de marketing em uma empresa participante da Economia Popular Solidária e classificada como Empreendimento Econômico Solidário. A Mambricar foi identificada como o caso a ser estudado, pois é uma organização de auto-gestão de forma cooperativa.
No que diz respeito à pesquisa de campo, até que se optasse pelo estudo do caso Mambricar, foram visitadas instituições que acumulam experiências de geração de trabalho e renda, localizadas em Belo Horizonte, Contagem e no município de Pedro Leopoldo. Nessas visitas, foram realizadas reuniões com esses grupos ou seus dirigentes, a fim de se definir o escopo do trabalho que iria ser desenvolvido e o que se procurava eram, além da presença do espírito solidário nos empreendimentos populares, as características apontadas por Gaiger (2000) como empreendimento econômico solidário, em que a produtividade e a eficiência valem-se dos dividendos do trabalho consorciado, de sua capacidade de agregar fatores extras de rentabilidade, desde que direcionadas em favor dos próprios produtores.
As experiências estudadas em Belo Horizonte foram as da COMAIC – Companheiros Caminhoneiros de Minas, que é uma associação fundada pelo Sindicato dos Marceneiros, por ocasião do início da crise da Mambrini. Nessa mesma cidade, foi visitada a ECOFIOS, que é um grupo de trabalhadores que produzem fios para a confecção de vassouras, a partir de embalagens PET. Na cidade de Contagem, foi visitada a PROMOVENDO – Associação dos Biscateiros e Vendedores Ambulantes, que é uma entidade que abriga vários grupos de geração de trabalho e renda. A seleção recaiu sobre a Mambricar de Pedro Leopoldo, pois reunia as características necessárias de Empreendimento Econômico Solidário, para a realização da pesquisa.

5 – O Caso MAMBRICAR
Identificação, localização e caracterização: Cooperativa Mista de Produção e Reforma de Implementos Rodoviários Ltda. (Comprir). O nome fantasia ”Mambricar” foi adotado posteriormente.Endereço: Avenida Floresta, 789 – Bairro Capão – Pedro Leopoldo – MG -CEP 33600-000- Telefones (0xx31) 3661-1142 e (0xx31) 3424 1222 - Ramo de atividade: Produção e Reformas de Carrocerias de Madeira. A Mambricar é uma cooperativa de trabalho, fomentada pelo Sindicato dos Marceneiros, na época da crise da empresa Mambrini Indústria Mecânica e Metalúrgica Ltda, em meados de 1997. Foram criadas, com o tempo, três cooperativas e uma associação, tentando-se evitar o desemprego causado pela eminente falência da empresa.
A Mambricar dedica-se, atualmente, à fabricação e reforma de carrocerias de madeira para caminhões, camionetes e veículos específicos. Trabalham 10 cooperados, produzindo entre 5 e 6 carrocerias de madeira por semana, podendo chegar a 10 carrocerias.
O mercado de atuação é a região metropolitana de Belo Horizonte, tendo como principais concorrentes outras três empresas: Carrocerias Trevo, Paraíso e União, todas sediadas em Belo Horizonte.

6 – As estratégias de marketing utilizadas pela Mambricar
a) Quanto ao Mercado
O Mercado de atuação da Mambricar é nacional, no conceito, mas na prática, é mineiro e, em especial, atende a região metropolitana de Belo Horizonte.
b) Quanto aos Consumidores
Os consumidores são, em sua grande maioria (80%), caminhoneiros; os 20 % restantes são de empresas. Os clientes classificados de caminhoneiros são pessoas físicas, que reformam as carroceiras dos seus caminhões ou adquirem novas. Alguns consumidores optam por adquirir carrocerias reformadas pela Mambricar. Dentro os consumidores, destacam-se as empresas Trasavante, Magnum Transportes e Vale do Rio Doce. Cabe ressaltar que esta última empresa se tornou cliente da Mambricar através da Comaic, que é uma associação, fundada também por ex-funcionários da Mambrini com o apoio do Sindicato dos Marceneiros. O fato é que a Comaic não teve como continuar atendendo aos pedidos da Vale. Ao invés de cancelar o contrato, estes foram repassados à Mambricar, mediante negociação envolvendo as três partes.
c) Quanto aos Concorrentes
Os dirigentes da Mambricar levam em consideração somente os concorrentes diretos, ou seja, aqueles que atuam diretamente com o mesmo produto e no mesmo segmento. Consideram que são as empresas, Carrocerias Paraíso Industrial Ltda, Reforma de Carrocerias Trevo Ltda e Reforma de Carrocerias União Ltda, todas de Belo Horizonte.
d) Quanto aos Fornecedores
Os fornecedores estão localizados em Pedro Leopoldo e, para a fabricação dos produtos que a Mambricar se dedica, atendem perfeitamente, sob a ótica dos responsáveis da organização. Os preços praticados por esses fornecedores são, em média, 7% a 10% mais caros do que em Belo Horizonte. Essa diferença é compensada, segundo os responsáveis pela Mambricar, pela disponibilidade imediata e a entrega de pequenos lotes de insumos, sem necessidade de operar com estoques. Um outro fator que pesa na decisão da direção da Mambricar, é de que sendo a empresa de Pedro Leopoldo, alguns fornecedores fornecem os insumos com prazo de pagamento.
e) Quanto à estratégia de Produto
A estratégia do Produto adotada é originária, ainda da Mambrini, pois os modelos de carrocerias são os mesmos da antiga empresa. Um atributo do produto, que é destacado, é o da entrega, que é efetuada na própria Mambricar que providencia, como prestação de serviço, a montagem no chassi do caminhão.
f) Quanto à estratégia de Preço
A estratégia de Preço é inexistente. É baseada na tabela original da Mambrini, que, segundo os cooperados, permite uma margem bruta de 30% a 40%. Esses preços são ainda comparados com os da concorrência. Praticam descontos de 5% ( cinco por cento) para vendas à vista e parcelam, nas vendas à prazo, com uma entrada e mais duas parcelas de trinta e sessenta dias.
g) Quanto à Localização
A localização da Mambricar não foi definida em função de alguma estratégia mercadológica. A organização está localizada no distrito industrial de Pedro Leopoldo porque, na época, houve a doação do terreno, por parte da Prefeitura Municipal. A organização já teve um escritório de vendas em Belo Horizonte, no bairro Santa Cruz, a fim de se aproximar mais desse grande mercado. Não lograram êxito e o escritório foi fechado.
h) Quanto à estratégia de Comunicação
Propaganda – se dirigem aos seus mercados e consumidores através de três meios: anúncio nas páginas amarelas, visitas a clientes e a logo marca estampada na carroceria do caminhão. O telefone anunciado nas páginas amarelas da Mambricar é o número herdado da Mambrini, “o que leva os consumidores a efetuarem contatos, atraídos pela certeza de que encontrarão a mesma qualidade da antiga empresa”, segundo palavras do Sr. Joel.
A pintura da logomarca estampada na traseira da carroceria Mambricar, segundo os cooperados, também gera bons negócios. “A marca estampada (pintada) no produto em uso, leva o consumidor a perceber a qualidade do produto”, segundo eles.
Destacam o boca a boca como um dos pontos fortes da sua propaganda, pois muitos clientes indicam outros.
Vendas - a cada contato efetuado por telefone, se for da região metropolitana de Belo Horizonte, um dos cooperados, normalmente o Sr. Joel, visita o cliente, a fim de negociar modelo, preço e condições de entrega e pagamento.
Promoção de Vendas - logo no início da cooperativa, incentivados por alguns órgãos, como o Sindicato dos Marceneiros, participaram de Feiras e Exposições. Com o passar do tempo e pelos custos, abandonaram essa estratégia. Atualmente não participam de qualquer evento.
Administração de Vendas – essa função é desempenhada pelo mesmo cooperado, Sr. Joel. Ele negocia uma proposta e a partir dessa negociação são adquiridos os insumos e a área de produção é acionada. O produto estando pronto, é montado sobre o caminhão e é emitida a nota fiscal.
Conclusões
Quanto ao mercado – os cooperados julgam que o produto que fabricam – carrocerias para caminhões – está com seus dias contados. Isso se reflete na sua fala: “Ninguém tá querendo comprar mais caminhão. Está todo mundo comprando carretas”.
No que diz respeito aos consumidores – a postura da Mambricar é clássica, ou seja, “atender pedidos”. Não existem estratégias em buscar, nos consumidores atuais, desenvolver e oferecer outros produtos e serviços ou ainda, captar novos clientes para a organização. De outro lado a estratégia de manter os atuais clientes fiéis tem dado certo, mas como o produto possui uma vida muito longa, a busca de novos mercados é essencial para a sobrevivência do negócio.
Quanto aos concorrentes – Os responsáveis pela Mambricar percebem apenas como concorrentes as empresas que atuam diretamente, com o mesmo produto, no mesmo mercado e atuando nos mesmos consumidores. Os concorrentes são em número de quarenta e uma empresas situadas em Belo Horizonte e na região metropolitana. A grande maioria são empresas de reformas ou produtoras de carrocerias e baús de metal.
Quanto aos fornecedores – O leque de fornecedores é restrito aos localizados em Pedro Leopoldo. Numa primeira impressão, pode parecer uma vantagem, pois existe economia de frete e custo de armazenamento. É sabido, porém, que esses pequenos comerciantes, cobram preços acima dos praticados em Belo Horizonte, o que, em termos de formação de preços e portanto de competitividade, leva a Mambricar a praticar preços mais elevados no mercado ou a restringir seus ganhos. Entende-se que, ao mesmo tempo, o contato com outros fornecedores, de locais diferentes, é fonte de informações de mercado, tanto de consumidores como concorrentes, bem como de inovações tecnológicas e dados sobre diferentes experimentos que estão sendo desenvolvidos no mesmo ramo de negócios.
Levando em consideração que existe uma vocação natural dos cooperados da organização pelo trabalho na madeira, pois são todos marceneiros, e que existem, ainda, nichos de mercado não explorados adequadamente, pode-se afirmar que o trabalho em madeira, em mercados alternativos de transporte pode se transformar no diferencial competitivo da Mambricar.
O mercado de reformas e fabricação de carroças e charretes não está sendo avaliado. Na Economia Solidária existem nichos, como por exemplo, carrinho dos “catadores de papel”, que podem ser mais bem analisados.
Quanto à estratégia de produto – os modelos de carrocerias são os mesmos da antiga empresa. Não existe renovação. O único caso de produção diferente é o da Companhia Vale do Rio Doce que comprou um tipo especial de carroceria de madeira para o transporte de equipamentos de mineração e assim mesmo foi fruto de uma renegociação com a Comaic. Também não existe nenhuma política estabelecida para compra de carrocerias velhas para reformas.
Quanto à estratégia de preço – a Mambricar procura manter o nível dos preços muito similar aos da tabela herdadas da empresa Mambrini, em consonância com os preços de mercado. Os cooperados têm uma noção de que a margem é suficiente para repor as matérias primas e proporcionar lucro na operação. Não existe qualquer estratégia de adicionar valor ao produto Mambricar, dentro e fora da Economia Solidária.
Quanto à localização – Os cooperados reconhecem que a localização da Mambricar não é adequada. Ela está fora do eixo que possibilite a visibilidade necessária nesse mercado. A localização ideal para esse tipo de empreendimento é onde haja um cluster geográfico de tráfego, venda e manutenção de veículos pesados. O distrito industrial de Pedro Leopoldo é escondido e o acesso a Mambricar é difícil.
Quanto à estratégia de promoção – a base da estratégia de propaganda da Mambricar é o anúncio nas páginas amarelas e a pintura da sua logomarca nas carrocerias. Segundo os cooperados, “o telefone é o nosso vendedor”. A venda pessoal é efetuada pelo vice-presidente da Mambricar, Sr. Joel, que acumula as funções de comprador também. A administração de vendas é inexistente, pois o que é feito atualmente é a simples emissão de notas fiscais.
Entende-se que a Mambricar pode organizar suas atividades de marketing, saindo do patamar de simplesmente “fazer um anúncio nas páginas amarelas”, para se concentrar no desenvolvimento de novos produtos e/ou adaptação dos antigos, com base em pesquisas, mesmo informais, em mercados atuais e/ou novos.
A conclusão a que se chega é de que alguns tópicos de marketing são levados em consideração, no dia a dia da organização, mais em função de uma prática anterior da empresa Mambrini, do que por movimentos articulados pelo cooperados nesse sentido como visto em Frare et al. (2001) que “o que propomos é introduzir alguns conceitos básicos de comercialização a fim de que possamos entender um pouco a que estamos submetidos quando compramos e, principalmente, pensar em alternativas na área de comercialização dos nossos produtos, tentando assim concretizar mais as nossas expectativas de venda. Estas limitações, no que diz respeito ao conhecimento e aplicação das estratégias de marketing, é em parte, função da falta de preparo das pessoas e entidades que lidam com a economia popular. Kraychete, Lara e Costa (2000) afirmam que “as escolas, acho que tanto na Argentina como no Brasil, foram criadas para formar assalariados.....porque as pessoas são muito disciplinadas, muito condicionadas a receber diretrizes e muito pouco condicionadas a tomar iniciativas, a serem críticas, etc..”
Finalmente, pode-se dizer que o fortalecimento e sucesso de casos como o da Mambricar é desafio de todos, Universidades, Governos, em todas as suas esferas, Entidades de Classe, empregadores e empregados e os sistemas de suporte e apoio a Empreendimentos Econômicos Solidários, na busca de soluções de desenvolvimento para o país.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CORREA, Luis Oscar Ramos. Economia Popular Solidária e Autogestão: o papel da educação de adultos neste novo cenário. Paper UFRGS ,1998.
FERRELL, O C, HARTLINE, Michael D, LUCAS JR, George H, LUCK, David. Estratégia de Marketing, São Paulo, Atlas, 2000.
FRARE, Ana Paola et al. Princípios básicos para a comercialização de produtos e serviços de cooperativas e associações. Rio de Janeiro. Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional. 2001.
GAIGER, L. Empreendimentos solidários: uma alternativa para a economia popular? In: GAIGER, L. (Org.) Formas de combate e de resistência à pobreza. São Leopoldo: UNISINOS, 1996.
GAIGER, L. et al. A economia solidária no RS: viabilidade e perspectivas. Cadernos CEDOPE -- Série Movimentos Sociais e Cultura, n. 15, 1999.
GAIGER, Luiz Inácio. A Economia Popular Solidária no Horizonte do Terceiro Setor. ISTR’S Fourth International Conference, Dublin, July 2000.
GUIMARÃES, Gonçalo, Jornal da UFRGS, julho de 2000, página 6
KRAYCHETE, Gabriel; LARA, Francisco; COSTA, Beatriz (organizadores). Economia dos Setores Populares: entre a realidade e a utopia. Vozes, Petrópolis, RJ, 2000.
LAS CASAS, Alexandre. Marketing – Conceitos, exercícios e casos. São Paulo, Atlas, 2001.
SILVEIRA, Caio M., MELLO, Ricardo e GOMES, Rosemary. Metodologias de Capacitação. Rio de Janeiro. Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional. 1997.
SINGER, Paul. Globalização e desemprego: diagnóstico e alternativas. São Paulo: Contexto. 2000.

fonte: www.joseluizferreira.blogspot.com

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O Movimento de Economia Solidária no Brasil

A Economia Solidária é fruto da organização de trabalhadores e trabalhadoras na construção de novas práticas econômicas e sociais fundadas em relações de colaboração solidária, inspiradas por valores culturais que colocam o ser humano como sujeito e finalidade da atividade econômica, em vez da acumulação privada de riqueza em geral e de capital em particular.

Esta nova prática de produção e consumo privilegia o trabalho coletivo, a autogestão, a justiça social e o desenvolvimento local, sustentável e solidário.

O movimento de Economia Solidária tem crescido de maneira muito rápida, não apenas no Brasil mas também em diversos outros países: há hoje pelo menos 20.000 empreendimentos solidários organizados na forma de autogestão, envolvendo praticamente 2 milhões de trabalhadores/as. O seu crescimento se deve a inúmeros fatores, dos quais vale destacar os seguintes:

Resistência de trabalhadoras/as à crescente exclusão, desemprego urbano e desocupação rural resultantes da expansão agressiva de uma globalização que torna mais e mais pessoas totalmente descartáveis para o funcionamento da máquina de produção e consumo. Tal resistência se manifesta primeiramente como luta pela sobrevivência, na conformação de um mercado informal crescente, onde brotam iniciativas de economia popular, tais como camelôs, flanelinhas e tantos outros empreendimentos normalmente voltados à reprodução da vida e de caráter individual ou familiar. Com a articulação de diversos atores, esta resistência também se manifesta na forma de iniciativas associativas e solidárias voltadas também à reprodução da vida, mas que vão além disso, apontando para alternativas estruturais de organização da economia, baseada em valores como a ética e a solidariedade e não mais no lucro.

Em nosso país, o crescimento da Economia Solidária enquanto movimento – ultrapassando a dimensão de iniciativas isoladas e fragmentadas no que diz respeito a sua inserção nas cadeias produtivas e nas articulações do seu entorno, cada vez mais se orientando rumo a uma articulação nacional, configuração de redes locais e uma plataforma comum –, dá um salto considerável a partir das várias edições do Fórum Social Mundial, espaço privilegiado onde diferentes atores, entidades, iniciativas e empreendimentos puderam construir uma integração que desembocou na demanda ao recém eleito presidente Lula pela criação de uma Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES).
Simultaneamente à criação desta Secretaria, foi criado na III Plenária Nacional de Economia Solidária o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), representando este movimento no país. Com estas duas instâncias, somadas ao processo de construção de um campo da Economia Solidária no interior da dinâmica do Fórum Social Mundial, podemos dizer que a Economia Solidária no Brasil passou por um crescimento e estruturação muito grandes.

Fonte: Site do Fórum Brasileiro de Economia Solidária

O que é Economia Solidária

Economia Solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano - e não do capital - de base associativista e cooperativista, voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços, de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida. Assim, nesta economia, o trabalho se transforma num meio de libertação humana dentro de um processo de democratização econômica, criando uma alternativa à dimensão alienante e assalariada das relações do trabalho capitalista.
fonte: Wikipédia

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Projeto Artesanato e Renda

O Projeto Artesanato & Renda desenvolvido pelo professor José Luiz Ferreira da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - São Gabriel tem como objetivo proporcionar ações voltadas à articulação, desenvolvimento, organização e capacitação dos artesãos dos bairros que compõem a região do Beira Linha, em Belo Horizonte, possibilitando o aumento da renda familiar, através da venda dos produtos elaborados artesanalmente.

O projeto possui dois grandes diferenciais: o primeiro é o desenvolvimento de técnicas e habilidades de elaboração e design de produtos. O segundo, se refere ao esforço dos professores e alunos envolvidos, no sentido de abrir portas e oportunidades para que os artesãos tenham espaço, dentro e fora da Universidade, para exposição e venda dos seus trabalhos.

Além disso, os artesãos serão capacitados, através de cursos de formação de preços, atendimento, vendas e exposição. Esses programas de treinamento já foram desenvolvidos pelos alunos do Curso de Administração da Unidade São Gabriel, orientados por professores com expertise no assunto. Fazem parte também desse grupo, os voluntários, os dirigentes das escolas públicas do entorno da unidade São Gabriel e das associações comunitárias.


A REGIÃO DO BEIRA LINHA

A região do Beira Linha se estende por vários quilômetros na região nordeste de Belo Horizonte, indo das margens do Córrego do Onça até as proximidades da Estrada da Britadeira, no extremo nordeste da cidade. Ela perpassa vários bairros, indo do São Gabriel, onde se localiza o Campus da PUC, até o Paulo VI.

No ano de 2004 foi realizado um diagnóstico sócio-demográfico no Beira Linha que teve como objetivo mapear e caracterizar a população da comunidade.

Constatou-se, entre outras informações que, em relação à renda as famílias, em sua maioria, possuem fonte de renda advinda de atividades informais. Também se identificou um número expressivo de desempregados.

Como conseqüência havia também um grande número de famílias que em função de não possuir renda fixa, sobrevivia de doações de cestas básicas feitas por terceiros ou com os pagamentos dos programas de assistência social do governo (bolsa-escola, bolsa-família).

Além disso, a análise dos dados permitiu perceber o despreparo profissional das pessoas da comunidade, baixa escolaridade, tanto formal quanto profissional, sendo a conseqüência da falta de perspectiva profissional. Isso aumenta a possibilidade do ingresso de jovens na criminalidade.

PÚBLICO ALVO DO PROJETO

O projeto irá beneficiar diretamente 50 artesãos identificados em pesquisas já realizadas no Beira Linha.
Espera-se atingir, indiretamente 200 pessoas na comunidade, contribuindo para o aumento da renda familiar e abertura de perspectivas profissionais, tanto no mercado de trabalho formal como no informal.


RESULTADOS ESPERADOS(até dez 2008)

¨ Aumentar em 50% a renda obtida do artesanato, para o artesão;
¨ Participar de dois eventos para exposição e venda dos produtos;
¨ Melhorar a auto-estima e autoconfiança dos participantes do grupo;
¨ Divulgar o trabalho através da elaboração de artigo cientifico a ser apresentado em Congresso de Administração e de Economia Popular Solidária.